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A Regata de Caras foi muito legal, e chegamos naquela classificação de sempre, no meio do pelotão... Depois teve uma feijoada no Blue Tree Resort, com shows, jogos e sorteios de brindes, dos quais prá variar não ganhamos nenhum! No dia seguinte fomos eu e o Tininho até a Ilha Grande passar o domingo e resolvemos ir só a vela apesar de não ter vento nenhum. Mas tínhamos tempo. Andávamos a 1 ou 2 nós e só lá pelo meio dia soprou um ventinho legal. Fomos até o naufrágio do Pinguino, depois no do helicóptero. A sinalização que marca a laje Matariz havia sumido e como o helicóptero fica a poucos metros dela a aproximação teve de ser muito cuidadosa. Mas é muito legal quando o Tininho vem a bordo, pena que o trabalho impeça que seja mais freqüente. Estou intercalando um tempo em Angra e um em Curitiba, assim passo umas três semanas no barco e duas na casa em terra. Numa destas idas ao Paraná aproveitei para ir até Floripa visitar o Iate Clube de lá, pois estava pensando em levar o barco para o sul em 2006, para ficar mais perto de Curitiba. Mas achei o lugar muito desprotegido, vou ter que pegar mais informações sobre o Veleiros da Ilha. No feriado de Sexta-feira Santa a Lilli veio de Curitiba.Chegou na quinta a noite e na sexta fomos até as Ilhas Cataguáses, pertinho da marina, pois ela não conhecia e é um lugar muito bonito. Dalí a pouco chegou o veleiro Paloma, com um casal dinamarquês que eu havia conhecido em Angra há alguns dias. Na época eles queriam informações sobre o Caribe e como não falavam português, tive que relembrar o meu inglês que estava meio esquecido. Então fomos a nado até o veleiro deles e fomos muito bem recebidos, são um casal muito simpático. A conversa seguiu num inglês meio atrapalhado até que as mulheres descobriram que ambas falavam alemão, então elas conversavam em alemão e os homens em inglês, uma mistura! Depois do almoço fomos para o Sítio Forte (de novo!) passar a noite, mas mudamos de praia. Saímos da de Ubatuba, onde fica o bar do Lelé e fomos prá praia do lado, a Tapera. é mais sossegado, sem tanto movimento no final de semana e tem uma pedra no meio da enseada com uma mangueira com água, ótima para um banho. Sabe quando você ia achar isto no Caribe? NUNCA! Ancoramos e fomos até a praia à tardinha para uma caminhada até o Lelé, do outro lado do morro. Como gostamos de fazer trilha combinamos subir o Pico do Papagaio, com mais de 900 metros, na próxima vinda da Lilli. Mas desta vez ficamos nas trilhas ao nível do mar...
E então um acidente... Resolvi trocar o barco de lugar pois estava muito
próximo de outros que estavam apoitados e a Lilli foi manobrar o guincho
elétrico que recolhe a ancora. Eu estou usando a CQR que comprei em Trinidad,
que tem a haste mais longa, então é preciso baixar a haste com a mão quando a
ancora está chegando no lugar, senão a corrente escapa do guincho. Como é uma
manobra arriscada e a Lilli não tinha prática fui acompanhar. Só que o guincho
foi mais rápido do que o meu aviso e o resultado é que a mão
esquerda dela ficou presa entre a corrente e o molinete do guincho. Ela me passou o controle elétrico e fiz o guincho inverter para
que ela pudesse tirar a mão. Um grande susto! Resolvemos voltar para Angra para
ir ao pronto-socorro ver se não havia quebrado nada. Mas chegando lá, como a dor
havia diminuído, e a mão mexia bem, resolvemos só limpar bem o ferimento, e
tomar um analgésico. Passamos a noite na marina e voltamos
para a Ilha Grande no dia seguinte.
Diz a Lilli: "23/4/2005 - Saímos cedo para conhecer outros lugares.
Conhecemos a Lagoa Verde (também conhecida como Boqueirão). Fizemos toda a
costa dela com o snorkel, a paisagem é um sonho. Os outros lugares o mar era
de modo geral limpo, porém este é totalmente transparente pela manhã. Ficamos
ali um bom tempo, depois saímos para conhecer outros locais. Fomos até a ponta
oeste da IG, praia dos Meros, que me assustou pelas ondas que quebravam e
simplesmente acabavam. Porém o lugar é muito bonito. No final do dia
retornamos para o Boqueirão, onde ancoramos. À noite fomos nadar e
ambos fomos atacados sei lá por que, acho que água vida, só sabemos que o
resultado foi uma queimadura em ambos. Isto foi muito interessante, embora
doloroso... Acho que era uma medusa, ou mãe d'água. Deixou umas marcas em
listas no peito, como se tivéssemos encostado em fios incandescentes. Ardeu
até o dia seguinte."
Quando a Lilli voltou para Curitiba, e após ir fazer um raio-X, descobriu que a primeira falange do anular estava quebrado. Gesso por 30 dias! Fizemos um erro não tendo pelo menos entalado a mão, mas vivendo e aprendendo. Finalmente chegou o novo Piloto Automático pois o antigo faleceu de velhice, infelizmente. Mas o novo tem um sistema mais elaborado na roda de leme e deu um pouco de trabalho instalar tudo, mas ficou muito bom. Este tem um sensor que indicaria ao processador a posição do leme, então ele atuaria com mais precisão. Mas por algum motivo ainda desconhecido o processador não "enxerga" o sensor, então não indica nada. Mistério a ser resolvido... O piloto antigo se chamava Jarbas, tenho que achar um nome para o novo. Já descartei "Rubinho". Como este não vê o sensor do leme acho que vou chamá-lo de Ray Charles... A Lilli chegou dia 25/5 a noite e saímos no dia seguinte adivinha para onde? Ilha Grande é claro. Mas só pernoitamos lá e no dia seguinte, sexta, fomos para Parati. Ancoramos próximo a Ilha da Cotia onde haviam vários barcos, pois no dia seguinte ia haver um almoço do pessoal do ICRJ. Lá estava o Tamuatoa do Fernando Sheldon, da ABVC e fomos fazer uma visita. Era uma "jangada" com cinco veleiros a contrabordo, Ezequiel e Solange, Patrício e esposa... No sábado resolvemos voltar p/ IG e dispensar o almoço. Foi uma velejada bem legal, como a tempo não fazia. Voltamos p/ Tapera e fomos conhecer a "cachoeira". Bem pequena é verdade, mas muita água gelada!
E assim vai passando o tempo... Em Angra ele passa rápido! Acabei não indo para Noronha em 2005 como havia pensado. Em novembro teve o Cruzeiro Costa Sul, organizado pela ABVC, e desci com o barco até Capri. Comigo foram o Thiago e o Rogério, que tinham corrido Caras comigo. Uma viagem tranqüila, com paradas em Ubatuba, Ilhabela e Santos. De Santos fomos direto até Capri enquanto o resto da flotilha entrou em Paranaguá. Foi bom rever Capri depois de tanto tempo. Fizeram dois cais flutuantes do lado oposto do rio e ficou muito bom. Fui convidado a fazer uma palestra sobre a viagem ao Caribe onde contei as aventuras e desventuras ocorridas... No início de dezembro o barco estava de volta ao lar...
Na virada para 2006 passamos uns dias na casa de Torres,
RS, enquanto não a vendo, outros em Florianópolis e bastante tempo em Angra,
onde corremos a Regata de Caras, de novo com aquele resultado tradicional. |